Edição 1971 . 30 de agosto de 2006 - http://veja.abril.com.br/300806/p_088.html
Giuliana Bergamo e Paula Neiva
Em meados da década de 70, com a publicação (e o sucesso estrondoso) do livro Sugar Blues, escrito pelo americano William Dufty, o açúcar foi alçado à condição de inimigo número 1 da boa saúde. Era uma obra panfletária contra o que seria, na opinião do autor, o grande problema moderno: o consumo de açúcar refinado. Inúmeros estudos posteriores confirmaram que, se não era o responsável pelo mal-estar da civilização, como exagerava Dufty, o alimento era ainda assim nocivo se consumido puro ou em grandes quantidades. A divulgação desses dados, aliada à imensa popularização das dietas alimentares, fez com que nos últimos vinte anos milhões de pessoas abandonassem ou reduzissem drasticamente o hábito de ingerir açúcar. No Brasil, o consumo per capita anual de açúcar despencou de cerca de 16 quilos, em 1988, para pouco mais de 8 quilos, em 2003. As pesquisas mais recentes na área de nutrição e metabologia mostram que o alimento, principalmente em excesso, está associado a obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares, entre outros males. "O açúcar é um alimento calórico e sem nenhum valor nutricional. Por isso, o melhor a fazer é comer pouco", disse a VEJA o médico americano Walter Willett, autoridade mundial em alimentos e professor dos departamentos de epidemiologia e nutrição da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Além do risco de engordar, há ainda outro ponto que reforça a necessidade de moderação no consumo de açúcar. A ausência de nutrientes faz com que ele seja digerido quase que instantaneamente, o que provoca uma rápida elevação nos níveis de glicemia e otimiza o depósito de gordura nas células. As alterações na glicemia, porém, não são exclusividade do açúcar. Todos os alimentos que apresentam carboidratos em sua constituição também provocam esse efeito – em maior ou menor grau. Para avaliar o impacto sobre a glicemia desse açúcar escamoteado em cada alimento, uma equipe de pesquisadores de Harvard, da qual o nutrólogo Walter Willett faz parte, criou um conceito chamado carga glicêmica. Trata-se de um instrumento capaz de dimensionar quanto uma determinada porção de alimento eleva as taxas de glicose no sangue. Um dos efeitos nocivos da subida rápida e exagerada da glicose sanguínea é o aumento da secreção de insulina pelas células do pâncreas. Esse hormônio é responsável por jogar a glicose para o interior das células, onde ela será metabolizada para se transformar em energia. Insulina em excesso pode baixar as taxas de glicemia rápido demais, o que abre o apetite e faz com que a pessoa coma novamente – e engorde. Além disso, há o risco do desenvolvimento de uma condição chamada resistência à insulina, que pode levar ao diabetes. Esta reportagem traz, com base nas descobertas mais recentes, as respostas às perguntas mais freqüentes sobre o açúcar, o perigo branco ou, muitas vezes, invisível.
1 Por que o açúcar é um vilão?
O problema do açúcar, em especial o refinado, é que ele é 100% caloria, sem valor nutricional. Quando consumido regularmente em grande quantidade ou puro, ele deflagra uma série de reações bioquímicas que podem levar à obesidade, e esta, à hipertensão, ao diabetes e até a alguns tipos de câncer. Isso é sabido pela medicina há muitas décadas. O que existe de novo no estudo do metabolismo do açúcar no corpo vem da medição exata de como outros alimentos podem produzir os mesmos efeitos adversos do doce pó branco.
2 O consumo de açúcar causa automaticamente aumento de glicose no sangue?
Alimentos com alto teor de açúcar, além de ser calóricos, promovem, sim, um aumento rápido dos níveis de glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia para o corpo humano. Ela é obtida a partir principalmente dos carboidratos – grupo do qual o açúcar faz parte. A glicose só pode ser utilizada pelas células, onde se transforma em energia, na presença do hormônio insulina. Pessoas com sobrepeso, obesidade ou predisposição genética estão mais propensas a desenvolver resistência à insulina. Uma descoberta recente explica as razões: a gordura em excesso funciona como uma glândula produtora de hormônios que desregulam o apetite, como a leptina, a resistina e a adiponectina. A resistência à insulina caracteriza-se pela dificuldade das células do organismo em reconhecer o hormônio, o que pode levar ao acúmulo de glicose no sangue e, conseqüentemente, a uma produção exagerada de insulina. O açúcar de açucareiro não é o único alimento responsável por elevar as taxas de glicose no sangue. Na década de 80, a ciência da nutrição desenvolveu um instrumento, batizado de índice glicêmico, ou IG, capaz de medir a velocidade com que cada alimento aumenta os níveis da glicemia. Depois surgiu outra ferramenta ainda mais prática, a carga glicêmica, ou CG, que avalia as alterações na glicemia causadas por uma determinada porção do alimento.
3 Todos os alimentos que contêm açúcar elevam os níveis de glicose na mesma proporção?
Os alimentos que contêm carboidratos aumentam a glicemia, sem exceção. Entre eles, estão até mesmo os insuspeitos hortaliças e grãos. O impacto dos diversos alimentos sobre as taxas de glicose sanguínea, no entanto, é variável. Depende da velocidade com que essas comidas são digeridas. Quanto mais rápido, maior é o pico glicêmico. Dentre os fatores que alteram esse índice estão a presença ou não de gordura, fibras insolúveis e proteínas, a forma de preparo e a combinação desses itens com outros à mesa. Por exemplo: a batata cozida apresenta carga glicêmica maior que a da batata frita, porque é isenta de gordura. A mesma batata cozida terá teor glicêmico menor se consumida com casca ou acompanhada de uma fonte de proteína, como um bife. O macarrão feito à base de trigo refinado tem carga glicêmica maior que a versão integral da massa bem cozida. Esta, por sua vez, terá carga glicêmica maior, se comparada com o macarrão integral servido al dente (pouco cozido).
4 O açúcar causa diabetes?
O consumo exagerado de açúcar é parte de uma série de fatores que provocam a doença. Ele é talvez um atalho, o caminho mais rápido para a obesidade, que abre a porta para a resistência insulínica e para o diabetes. Sem que possa ser usada adequadamente pelas células para produzir energia, a glicose mantém-se na corrente sanguínea, obrigando o pâncreas, órgão no qual se localizam as células responsáveis pela produção de insulina, a secretar quantidades cada vez maiores da substância. Caso esse processo seja experimentado pelo organismo por muitos anos, a instalação do diabetes é quase inevitável. Ainda assim, as pessoas com blindagem genética à doença podem viver muitos e muitos anos sem que seu organismo acuse o golpe do abuso de açúcar na dieta. Essa blindagem pode ser reproduzida, mesmo em pessoas com diabetes, com o auxílio de medicamentos. Assim, com a doença sob controle, alguns diabéticos podem ocasionalmente comer doces sem maiores danos ao organismo.
5 É indicado reduzir a ingestão dealimentos ricos em carboidratos?
Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo. A pirâmide nutricional preconiza que cerca da metade das calorias diárias deve ser consumida sob a forma de carboidratos – preferencialmente os alimentos de baixa carga glicêmica, como os integrais ricos em fibras. Para uma alimentação saudável, no entanto, deve-se levar em conta também a quantidade de calorias e de gordura contida nos alimentos. Não adianta encher o prato com alimentos de baixo teor glicêmico, se esse prato estiver cheio de fatias suculentas de picanha ou de uma quantidade de calorias maior do que o recomendável. Um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália, publicado recentemente na revista científica Archives of Internal Medicine, concluiu que dietas de emagrecimento à base de alimentos com carga glicêmica baixa são mais eficientes. A pesquisa acompanhou 129 pessoas com sobrepeso ou obesidade, com idade de 18 a 40 anos, divididas em quatro grupos, com cardápios diferentes cuja composição variava de acordo com a quantidade de proteínas e carboidratos de alto ou baixo teor glicêmico. A perda de peso promovida por todos os regimes foi semelhante. A diferença é que os cardápios de carga glicêmica mais baixa proporcionaram até o dobro da queima de gordura nos primeiros três meses. Ou seja, proporcionaram um emagrecimento mais rápido e mais saudável.
6 Quais são os melhores substitutos do açúcar refinado, fora os adoçantes?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de açúcar refinado não ultrapasse 10% do consumo diário total de calorias. Isso equivale, numa dieta de 2.000 calorias diárias, a quatro colheres de sopa rasas, aproximadamente. Essa porção inclui tanto a colherinha que adoça o cafezinho de manhã quanto o açúcar usado na receita do bolo ou na do molho de tomate. Por isso, se o objetivo é reduzir calorias e obter um sabor mais próximo ao do açúcar, uma opção é o açúcar light, que mistura o alimento refinado e adoçante. O açúcar refinado também pode ser substituído pelo mascavo ou por mel. A vantagem é que, enquanto o açúcar refinado não contém vitaminas nem sais minerais, o mascavo e o mel possuem. A desvantagem é que, como eles apresentam um poder edulcorante menor, as pessoas são tentadas a usá-los em maior quantidade.
7 As bebidas alcoólicas tambémelevam a glicose no sangue?
Boa parte das bebidas alcoólicas é composta de carboidratos provenientes do trigo ou da cevada, da uva ou do milho. É o caso, por exemplo, da cerveja, do vinho e do uísque, respectivamente. É por isso que o consumo de álcool pode alterar os níveis de glicose no sangue. Um copo de cerveja, por exemplo, eleva 50% mais os níveis de glicose no sangue do que uma colher de sopa de açúcar. Para metabolizar o álcool, o organismo consome muita energia. Para isso, tem de recorrer aos estoques de glicose armazenados no fígado e nos músculos. Quando isso ocorre, a pessoa pode ser acometida por tontura, mal-estar, fraqueza e dores no corpo – a ressaca, para ser mais direto.
8 O açúcar vicia?
Por causa do aumento nos níveis de dopamina e serotonina, substâncias produzidas no cérebro e que estão associadas ao prazer e ao bem-estar, o açúcar pode, de fato, viciar. Mas a dependência criada pela sensação de bem-estar e prazer decorrente do consumo de açúcar é mais de ordem psicológica do que química.
9 Por que gostamos tanto de doces?
O atual plantel de seres humanos é resultado de milhares de anos de evolução durante os quais, em diversas fases, comer alimentos adocicados foi vital para a sobrevivência. A humanidade, portanto, está programada para comer doces. A língua e o nariz são forrados de células que têm a função de detectar o sabor e o aroma dos doces. As razões para essa preferência ancestral são duas. Os doces são ricos em glicose, a principal fornecedora de energia para as células. Além disso, o sabor adocicado servia de indicador para que nossos ancestrais pudessem distinguir os alimentos saudáveis dos venenosos e estragados. A diferença básica entre a situação atual e a dos primórdios da evolução humana é a abundância. Os humanos primitivos comiam doces misturados às fibras dos frutos e sempre enfrentavam escassez calórica. Hoje, come-se açúcar não apenas em excesso, mas em concentrações com alto grau de pureza e sem a presença das fibras.
10 Uma interrupção no consumode açúcar pode levar à depressão?
Se a dieta exigir o corte radical dos carboidratos (e não apenas do açúcar), isso pode ocorrer. A explicação dos especialistas está na química cerebral. Os carboidratos funcionam como matéria-prima indispensável à síntese de serotonina, o neurotransmissor associado à sensação de bem-estar. Uma queda brusca na oferta desse nutriente pode levar a uma redução considerável nas taxas de serotonina e, com isso, suscitar sintomas de depressão. Além disso, o consumo de doces, especificamente, eleva as taxas de outro neurotransmissor: a dopamina, associada à sensação de prazer. Essa relação explica, por exemplo, por que pessoas com sintomas de depressão ou alterações de humor muitas vezes aumentam o consumo de doces.
11 Adoçante artificial causa câncer?
Ratos submetidos a doses elevadas do adoçante ciclamato apresentaram alta incidência de leucemia. Os especialistas, porém, dizem que, para produzir o mesmo efeito em seres humanos, o ciclamato teria de ser consumido em doses diárias descomunais por décadas a fio. Como toda substância química, os adoçantes devem ser ingeridos com cuidado. Alguns apresentam sódio em sua composição, o que pode aumentar a retenção de líquidos e os níveis da pressão arterial. Por isso, pacientes hipertensos devem preferir adoçantes sem a substância. Alguns adoçantes, como o aspartame e o sorbitol, não são totalmente isentos de calorias. A frutose e o sorbitol podem alterar a glicemia e, por isso, não são recomendáveis para os diabéticos. Como não há estudos que comprovem a segurança do uso de adoçantes e produtos dietéticos por mulheres grávidas, os especialistas recomendam que seu consumo seja moderado durante a gestação.
12 Quais as teses sobre o açúcar propostas no livro Sugar Blues que ainda permanecem atuais?
O tom usado pelo jornalista americano William Dufty (que morreu de câncer em 2002) é panfletário. Sugar Blues é um manifesto de ódio ao alimento. Só para se ter uma idéia da intensidade de suas críticas, Dufty comparava os produtores de açúcar aos traficantes de drogas. Além disso, culpava o alimento pelos mais diversos males – de dores de cabeça a doenças psiquiátricas graves, do diabetes a distúrbios cardiovasculares, passando pelas alergias, inflamações e fadiga. Em defesa de suas teses, ele recorreu a uma centena de estudos científicos. O problema é que, muitas vezes, ele fez uma análise deturpada desses trabalhos – como aquela em que Dufty sugeria que o açúcar pode levar à esquizofrenia. O mérito de Sugar Blues foi chamar a atenção do público para o assunto.
Fontes: Alfredo Halpern, endocrinologista; Ana Maria Lottenberg, nutricionista; Ana Paula Machado Lins, nutricionista; Ariane Severine, nutricionista; Carlos Alberto Werutsky, nutrólogo; Edson Credídio, nutrólogo; Freddy Eliaschewitz, endocrinologista; Geraldo Medeiros, endocrinologista; Henrique Suplicy, endocrinologista; Jorge Horii, engenheiro agrônomo; José Alves Lara Neto, nutrólogo; Mariana del Bosco, nutricionista; Patrícia Bertolucci, nutricionista; Renato Sabbatini, neurocientista; Walmir Coutinho, endocrinologista; Yotaka Fukuda, otorrinolaringologista
Do romance entre uma atriz de cinema e um jornalista americano nasceu um dos livros mais famosos da literatura sobre nutrição: Sugar Blues, o primeiro a apontar o açúcar como o grande vilão da boa saúde, escrito por Willian Dufty e publicado nos Estados Unidos, em 1975. Desde então, já foi vendido 1,5 milhão de cópias ao redor do mundo. No início da década de 70, Dufty conheceu a atriz Gloria Swanson numa festa em Los Angeles. Ela não comia açúcar e ele era um "viciado" em doces. Apaixonado, Dufty cortou o alimento de sua dieta e vasculhou toda a literatura sobre o assunto. O material serviu de base para o seu manifesto. O título é uma referência aos efeitos depressivos da privação de doces nas dietas, o que leva a seu consumo regular e crescente.
MITOS E VERDADES SOBRE O METABOLISMO
O SER HUMANO NASCE COM UM ESTOQUE FIXO DE INSULINA –
Falso. A produção do hormônio insulina é ilimitada, mas a quantidade de células produtoras do hormônio é fixa. Em pessoas saudáveis, a produção do hormônio insulina acompanha os altos e baixos das taxas de glicose a que o organismo está sujeito durante o dia e a noite – e esse ritmo é constante. Já a quantidade das células produtoras de insulina, as beta, é limitada – mantém-se inalterada do nascimento à morte. Além disso, elas não se regeneram naturalmente. No diabetes tipo 1, há uma destruição total dessas células. Por isso, os diabéticos têm de recorrer às injeções de insulina. No diabetes tipo 2, as células beta são destruídas progressivamente
BEBER LÍQUIDO DURANTE AS REFEIÇÕES CRIA BARRIGA –
Falso. Beber mais de um copo de líquido durante as refeições não é saudável, mas não promove o acúmulo de tecido adiposo na região abdominal. O consumo excessivo de líquido dilui os sucos gástricos, o que pode comprometer a digestão dos alimentos, e leva à dilatação momentânea do estômago, o que pode causar mal-estar. Tudo volta ao normal depois que o líquido for absorvido
O EFEITO SANFONA DESACELERA O METABOLISMO E DIFICULTA A PERDA DE PESO –
Verdadeiro. Perder muito peso e voltar a engordar em pouco tempo pode desregular o ritmo metabólico. Quando uma pessoa emagrece e não pratica exercícios físicos, pode haver perda de músculo – de todos os tecidos do organismo, o que mais consome energia. Quando o peso é recuperado, dificilmente a musculatura se recompõe. Com isso, o gasto calórico diário torna-se menor e voltar a emagrecer fica mais difícil
PARAR DE FUMAR ENGORDA –
Em parte. Assim como alguns alimentos, a nicotina estimula a produção de serotonina, um neurotransmissor associado à sensação de bem-estar. Parar de fumar leva a uma baixa dos níveis da substância no cérebro, além de provocar alterações no humor. Para suprir a falta do neurotransmissor, é comum que ex-fumantes recorram a quantidades exageradas de doces, especialmente chocolate. Com isso, engordam
O CAFÉ ACELERA O METABOLISMO –
Verdadeiro. A cafeína, um dos principais compostos do café, é um estimulante. Seu consumo acelera o metabolismo basal, a energia gasta em funções vitais, como os batimentos cardíacos e a digestão. Esse consumo de energia não é suficiente para promover a queima de gordura. Ou seja, sozinho o café não emagrece. Isso pode ocorrer se seu consumo estiver associado à prática regular de exercícios físicos
O IDEAL É SE ALIMENTAR DE TRÊS EM TRÊS HORAS –
Verdadeiro. Os médicos aconselham fazer seis refeições por dia. Nos intervalos entre o café-da-manhã, o almoço e o jantar deve-se fazer lanches leves. Com isso, o metabolismo mantém-se ativo durante todo o dia
O NÚMERO DE BATIMENTOS CARDÍACOS ESTÁ PREDETERMINADO AO NASCIMENTO –
Falso. Não se sabe de onde nem quando surgiu esse mito. O que se tem por certo é que o coração de um adulto saudável bate, em média, de sessenta a 100 vezes por minuto. Obviamente, há situações em que ele trabalha num ritmo mais acelerado, como na prática de exercícios físicos. Em outras ocasiões, como durante o sono, o coração tende a bater mais lentamente. Em nenhum desses casos, isso significa que se está gastando ou economizando batimentos cardíacos
Fontes: Walmir Coutinho, endocrinologista, Rosana Costa, nutricionista, e Nabil Ghorayeb, cardiologista