quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bem-estar em vez de musculos



Bem-estar em vez de musculos


Investimento em novos públicos e atividades faz número de academias dobrar



OBrasil é conhecido como o. país do samba e do futebol. Mas pelo visto também é a terra das academias. Somos o segundo país do mundo em academias - em primeiro estão os EUA com 30 mil estabelecimentos. O número dobrou de 2007 para cá, passando de cerca de 7 mil para exatos 14.016.Os dados estão em estudo que será apresentado esta semana na Conferência Latino-Americana da Associação Americana de Clubes de Saúde (lHRSA), organizada pelo Instituto Fitness Brasil,' em São Paulo. Por trás desses -números há mais do que apenas vaidade, dizem especialistas em atividade física. Hoje é a busca por melhor qualidade de vida que leva cada vez mais gente - em especial, pessoas com mais de 60 anos - para as academias.
A receita convencional de musculação, ginástica localizada e alongamento não 'reina mais absoluta. Ganham espaço a cada ano técnicas que e xploram movimentos do dia-a-dia, os chamados trenamentos funcionais, que incluem programas com pilates, ioga e dança, por exemplo.


Sustentabilidade ate no corpo
- O culto à forma física tornouse um gueto dentro de uma proposta muito maior, já chamada de revolução do bem-estar - diz Waldyr Soares, presidente do Fitness Brasil. - Trata-se de um conceito que transcende o espáço da academia.
Não adianta falarmos em sustentabilidade se não levarmos este conceito ao nosso próprio corpo. A aposta em novas atividades aumentou o número de atletas. Até a década passada, a faixa etária predominante nas academias ia dos 20 aos 40 anos. Hoje, existem atividades para crianças a partir dos 12 anos, além de turmas dedicadas a quem passou dos 60.
A expansão das academias deve muito à ciência. Uma série crescente de estudos aponta a atividade física como fundamental para a prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas diabetes e obesidade, entre outras. Os estudos, já referendados pela comunidade médica, tjveram o impacto até no currículo de profissionais de educqs;ão física.
- Antes formávamos técnicos que, no máximo, atuariam com ginástica e musculação - lembra Marcelo Costa, vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física.
- Hoje, os alunos têm aulas de educação física terapêutica, recuperação muscular para pessoas lesionadas e políticas públicas de saúde.
Somos qualificados para trabalhar com equipes multidisciplinares, inclusive dentro de hospitais.
Para reforçar a interação com outras áreas, a Associação Brasileira de Academias (Acad) vai lançar, ainqa este ano, uma campanha contrária ao uso de suplementos alimentares, ainda muito recomendados por instrutores. - O uso dessas substâncias é dispensável para a maioria das pessoas.
Basta- manter uma alimentação balanceada - pondera CláudioJosé de AIbuquerque, presidente da Acad. _
O atleta com limitação renal ou hepática, por exemplo, pode ter alguma complicação se insistir em tomar suplementos por conta própria.
A campanha da Acad é um golpe no conceito da academia como "fábrica de sarados". A associação \tmamanbtéemr esrpecaoçomsenadmaplaoss,esuesmfialipaadroeslhos, em suas salas de musculação.
Seria"um local adequado para atividades que trabalhem com outros conceitos, como, por exemplo, fazer" abdominal em cima de um bola - um instrumento que complementa o exercício, por testar a capacidade de equilíbrio do aluno.
Como a musculação já é velha conhecida de quem frequenta academias, a ordem, agora, é comPletá-Ia com treinamento funcional.
- É a última tendência do mercado, por apostar na reprodução de movimentos feitos no dia-adia - ressalta André Leta, diretor-técnico da rede de academias Proforma. - São exercícios
que nos dão segurança e condicionamento para diversas atividades, como pôr e retirar as compras do carro, ou propiciar que um idoso consiga entrar no ônibus sem cair.
Além do investimento em outros públicos com novas atividades, a Acad credita o crescimento do setor ao aumento da classe C, antes pouco representada nas academias. _

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